sábado, agosto 19, 2006
Grande Sertão: Veredas - João Guimarães Rosa
"O senhor sabia - Diadorim:
que bastava ele me olhar com os olhos verdes
tão em sonhos, e, por mesmo de
minha vergonha, escondido
de mim mesmo eu gostava do
cheiro dele, do existir dele,
do morno que a mão dele passava para a minha mão"
"O senhor escute meu coração,
pegue no meu pulso.
O senhor avista meus cabelos brancos...
Viver - Não é? - É muito perigoso.
Porque ainda não se sabe.
Porque aprender-a-viver é que é viver, mesmo.
O sertão me produz, depois me enguliu, depois me cuspiu do quente da boca...
O senhor crê minha narração?"
[Trechos do livro Grande Sertão: Veredas - João Guimarães Rosa
que bastava ele me olhar com os olhos verdes
tão em sonhos, e, por mesmo de
minha vergonha, escondido
de mim mesmo eu gostava do
cheiro dele, do existir dele,
do morno que a mão dele passava para a minha mão"
"O senhor escute meu coração,
pegue no meu pulso.
O senhor avista meus cabelos brancos...
Viver - Não é? - É muito perigoso.
Porque ainda não se sabe.
Porque aprender-a-viver é que é viver, mesmo.
O sertão me produz, depois me enguliu, depois me cuspiu do quente da boca...
O senhor crê minha narração?"
[Trechos do livro Grande Sertão: Veredas - João Guimarães Rosa
::Escrito por Madame Bovary as 08:26
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