terça-feira, março 28, 2006
A nossa morte de cada dia
Rodando por aí na net, esperando que um sono profundo abata-se sobre o mundo e então eu, finalmente,- possa ir dormir- encontro num blog o texto a seguir:
Cada dia é mais evidente que partimos,
Sem nenhum possível regresso no que fomos,
Cada dia as horas se despem mais do alimento:
Não há saudade nem terror que baste.
na verdade durante a noite de hoje já tive minha covardia jogada ( por mim mesma) na cara duas vezes....não passamos impunes por nada..cada pequeno acontecimento transforma ou acrescenta em algo em nós...deixa uma herança impressa em nossa alma....o que fazemos, dizemos ou deixamos de fazer e dizer são parte da nossa morte diária...abrir os olhos pela manhã deveria ser um renascer ....acordar ,despertar para a vida nova......pétala fresca.....e munidos de coragem recomeçar....não sou mais quem era ontem....gostaria que alguém me lembrasse como eu era......gosto de pensar assim....que durante a noite trocamos de pele...
ZÉLIA CAVALHEIRO
Cada dia é mais evidente que partimos,
Sem nenhum possível regresso no que fomos,
Cada dia as horas se despem mais do alimento:
Não há saudade nem terror que baste.
na verdade durante a noite de hoje já tive minha covardia jogada ( por mim mesma) na cara duas vezes....não passamos impunes por nada..cada pequeno acontecimento transforma ou acrescenta em algo em nós...deixa uma herança impressa em nossa alma....o que fazemos, dizemos ou deixamos de fazer e dizer são parte da nossa morte diária...abrir os olhos pela manhã deveria ser um renascer ....acordar ,despertar para a vida nova......pétala fresca.....e munidos de coragem recomeçar....não sou mais quem era ontem....gostaria que alguém me lembrasse como eu era......gosto de pensar assim....que durante a noite trocamos de pele...
ZÉLIA CAVALHEIRO
::Escrito por Madame Bovary as 23:48
2 Comentários:
Seja bem-vinda ao clube dos insones, camarada. Concordo plenamente com você, é a promessa diária de uma nova alvorada, acompanhada de suas infinitas possibilidades de ressureição e reinvenção, que justificam a morte de cada dia passado. Aproveito para deixar aqui outro poema da Sophia de Mello Breyner Andresen.
Até mais.
"Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos."
Camarada sempre sobra um resquísio subjacente do peso sobremaneira arqueador do possível viajante.Desfragmentada me sento diante do computador e entrevejo um céu rubro .....
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