domingo, abril 08, 2007
Ibicuí da Armada
Entre o meu e o teu ser
Tudo é permitido
Lambaris de cristal
E um bugio largado e rouco
De uma acordeona fantasma
Teu eco me responde
No timbre dos caudilhos!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga sobre teu leito
Um silêncio muito antigo
Cai sobre os insetos
Chegam homens maragatos
Num pequeno bote
Que encosta sem pressa
Na outra margem
O ronco da queda d'água
Me chama de louco!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga sobre teu leito
São três homens
Três facões
Com três lenços rubros
São três sombras
Três chapéus
Que entram pela mata
Três luas brilhando no aço
São três degoladores
Por sorte não me viram!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga
sobre teu leito
As cigarras recomeçam
Com seu canto triste
Eu mergulho como um bicho
E nadando em águas profundas
Revelo poemas aos peixes
São versos do soldado
Do poeta russo!
Ibicuí da Armada A mulher cavalga sobre teu leito
Limo e verbo Lodo e rima
Louca a bala Laica
Correnteza Movimentos
Lanço a poesia molhada
Ao toque dos seres gelados
E quando volto à tona
Os homens me descobrem!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga sobre teu leito
São três palas
Três anéis Com três vozes duras
São três golpes Três metais
E as três luas me partem ao meio
Brilhando no espelho Das lâminas
Meu corpo vai-se embora
Na trilha das traíras
E minha cabeça livre
No gêlo dos cometas!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga sobre teu leito!
Tudo é permitido
Lambaris de cristal
E um bugio largado e rouco
De uma acordeona fantasma
Teu eco me responde
No timbre dos caudilhos!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga sobre teu leito
Um silêncio muito antigo
Cai sobre os insetos
Chegam homens maragatos
Num pequeno bote
Que encosta sem pressa
Na outra margem
O ronco da queda d'água
Me chama de louco!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga sobre teu leito
São três homens
Três facões
Com três lenços rubros
São três sombras
Três chapéus
Que entram pela mata
Três luas brilhando no aço
São três degoladores
Por sorte não me viram!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga
sobre teu leito
As cigarras recomeçam
Com seu canto triste
Eu mergulho como um bicho
E nadando em águas profundas
Revelo poemas aos peixes
São versos do soldado
Do poeta russo!
Ibicuí da Armada A mulher cavalga sobre teu leito
Limo e verbo Lodo e rima
Louca a bala Laica
Correnteza Movimentos
Lanço a poesia molhada
Ao toque dos seres gelados
E quando volto à tona
Os homens me descobrem!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga sobre teu leito
São três palas
Três anéis Com três vozes duras
São três golpes Três metais
E as três luas me partem ao meio
Brilhando no espelho Das lâminas
Meu corpo vai-se embora
Na trilha das traíras
E minha cabeça livre
No gêlo dos cometas!
Ibicuí da Armada
A mulher cavalga sobre teu leito!
::Escrito por Madame Bovary as 09:12
1 Comentários:
Ha!!!!
Adorei achar a letra dessa música num blog, de alguém até distante de mim - apesar da idade do post.
Essa música, a voz de Ramil cantando essa música, e toda minha mente dança com todos meus neurônios.
Você sabe me responder:
- é dele mesmo?
- há alguma história a ser achada por trás dessa música?
Obrigado pelo feliz fim de noite, Sra. Bovary.
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