Madame Bovary

Sempre foi assim Um antigo encantamento pelas palavras, música e poesia...imagens QUE TRADUZEM O inconsciente. O amor é meu alimento,somente entendo a vida pelas vias da paixão, da delicadeza, da clara beleza. Pelos olhos femininos que me mostram o universo cheio de curvas paisagens distantes, muito mais no tempo que no espaço. O espaço é meu. E de todas as almas vermelhas.

terça-feira, setembro 30, 2008

QUEDA-D'AGUA


Outro dia tive um sonho, não, acho que não foi um sonho. Penso que foi

mais um acordar durante a madrugada e lembrar de um momento vivido

aos pés de uma cachoeira. Grandiosa, potente, gigantesca vista de baixo,

gigantesca vista por alguém do meu tamanho. A força da água desloca o

ar com tamanha violência que produz uma ventania capaz de derrubar


uma pessoa adulta. E, no entanto, pássaros revoam incessantemente ao

redor e sob a queda d'agua. É intrigante a atração que a cachoeira exerce

e faz com que uma permanente nuvem negra se movimente ao longo do


paredão de pedra. É como estar diante da propria mãe natureza, uma

mãe bela e impiedosa. Que é fiel a si mesma e que estabelece leis e

regras indiscutíveis . Diante dela somos quase nada. O meu sonho-

devaneio- pânico da madrugada foi resultado da percepção da minha

insignificância e pequenez. Ali vive algo maior, há uma divindade, há

vida. Há Vida. E por isso há a morte, igualmente fiel às suas regras. Foi

isso, a descoberta do sentido da minha mortalidade.




A queda-d'água ergueu-se à minha frente


De repente


Tudo ficou de pé eternamente


A floresta, a pedra, o vento vertical do abismo


E o senhor que anima esse ambiente


Ficou comigo

Eu sou potente e contenho a visão


Da queda erguida d’água-vida tão contente e são
( Caetano)




Foto: Cascata do Caracol. Canela RS

::Escrito por Madame Bovary as 16:06


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