sábado, março 04, 2006
Acho q ainda não acordei.
Não gosto de me sentir assim....dependente....ainda bem q os Deuses da Organização do Caos nos concederam um viés de razão......é foda racionalizar sentimentos .... já q "temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos" (Bertrand Russell). A regra é sobreviver ....é pouco mas necessário....estado incubatório....( da onde tirei isso meu deus?) e "na primavera vou brotar da terra" ...
Um pouco de Fernado Pessoa..
Multipliquei-me,
para me sentir,
Para me sentir,
precisei sentir tudo,
Transbordei,
não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.
Fui para a cama com todos os sentimentos,
Fui souteneur de todas ás emoções,
Pagaram-me bebidas todos os acasos das sensações,
Troquei olhares com todos os motivos de agir,
Estive mão em mão com todos os impulsos para partir,
Febre imensa das horas!Angústia da forja das emoções!
Raiva, espuma, a imensidão que não cabe no meu lenço,
A cadela a uivar de noite,
O tanque da quinta a passear à roda da minha insônia,
O bosque como foi à tarde, quando lá passeamos, a rosa
,A madeixa indiferente, o musgo, os pinheiros,
Toda a raiva de não conter isto tudo,
de não deter isto tudo,
Ó fome abstrata das coisas,
cio impotente dos momentos,
Orgia intelectual de sentir a vida!
Um pouco de Fernado Pessoa..
Multipliquei-me,
para me sentir,
Para me sentir,
precisei sentir tudo,
Transbordei,
não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.
Fui para a cama com todos os sentimentos,
Fui souteneur de todas ás emoções,
Pagaram-me bebidas todos os acasos das sensações,
Troquei olhares com todos os motivos de agir,
Estive mão em mão com todos os impulsos para partir,
Febre imensa das horas!Angústia da forja das emoções!
Raiva, espuma, a imensidão que não cabe no meu lenço,
A cadela a uivar de noite,
O tanque da quinta a passear à roda da minha insônia,
O bosque como foi à tarde, quando lá passeamos, a rosa
,A madeixa indiferente, o musgo, os pinheiros,
Toda a raiva de não conter isto tudo,
de não deter isto tudo,
Ó fome abstrata das coisas,
cio impotente dos momentos,
Orgia intelectual de sentir a vida!
::Escrito por Madame Bovary as 10:09
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