sábado, setembro 30, 2006
Os dois sequer existiam antes de se conhecerem. Diante de uma vida cheia de dèjá vu poderiam pensar em novas escolhas. O quanto pode a Magia contra a Razão? Eles nada sabem além de si mesmos. A realidade bruta existe, lá para além dos seus olhos curiosos. São crianças que sorridentes imprimem o desenho dos sapatos nas areias dos caminhos. Para eles tudo é tão pouco e no entanto, não querem muito mais que um pouco de chuva e paz. Morder cerejas como quem crava os dentes na macia carne de suas bocas ávidas de incontáveis beijos. Pensam que tamanha fome de paz e distâncias pode mudar as leis do tempo. Agora que existem um para o outro já não podem deixar as escolhas do lado de fora. SÓ isto ou aquilo NÃO BASTA . Se o encantamento nasce da Magia ou da Razão para eles não faz diferença, extasiados que estão, diante das descobertas. Encontra-se vestidos, prontos para longa viagem envoltos em música e poesia. Os outros. Os outros não existem. Apenas névoas . Um dia também já forma névoa. Agora vivem no ritmo das pulsações e no sal do suor dos corpos que abrigam suas almas amorosas.
ZÉLIA CAVALHEIRO
ZÉLIA CAVALHEIRO
::Escrito por Madame Bovary as 15:13
1 Comentários:
Poderia a paixão caminhar com outras palavras? POderia ela gera tanta poesia e contentamento?
Porém, a paixão está condenada a só existir no momento. Nada mais além do momento.
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