Madame Bovary

Sempre foi assim Um antigo encantamento pelas palavras, música e poesia...imagens QUE TRADUZEM O inconsciente. O amor é meu alimento,somente entendo a vida pelas vias da paixão, da delicadeza, da clara beleza. Pelos olhos femininos que me mostram o universo cheio de curvas paisagens distantes, muito mais no tempo que no espaço. O espaço é meu. E de todas as almas vermelhas.

terça-feira, junho 17, 2008

Batatinha quando nasce...


num sussurro me chegou que,
se meu corpo se encolhe ele não se recolhe
espalha-se sobre a cama
e por vezes se desenrola
o sorriso que trouxe a notícia
marcado de segredos conhecidos
veio lindo veio rindo
essencialmente amor e tesão alegre
olhar atento sensível que vê
de quem sabe ler olhar alfabetizado
versado em geografia espacial
mapeamento documentado de
um corpo que se esparrama
um corpo que ama
o corpo que ele ama
o corpo que lhe ama
a essência da cama
espaços a ocupar...


Zélia Cavalheiro

::Escrito por Madame Bovary as 08:30
::3 Comentários



É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte... Gilberto Gil em mais um de seus momentos de clareza, nos mostra a atitude diante dos megalomaníacos que espalham seu bruto amargor na tentativa vã de dobrar nossas vontades. O poeta mostra o caminho: alegria no olhar e atenção ao dobrar as esquinas. Penso que o problema maior são os desconhecidos íntimos, aqueles com os quais convivemos durante anos e de repente, não mais que de repente, mostram suas faces horrendas. Dorians Grays, mal acabados, sem charme e sem literatura. Tá instalado o rompimento e o desamor. No entanto, temos a Arte, esta sim Divina e Maravilhosa , capaz de romper com a fealdade (des)humana. Longe da Arte o homem é apenas um animal reprodutor de tristezas e mesquinharias. Espalham a morte da Literatura com seus livrinhos de auto-ajuda, romances chorosos e de fácil leitura, suas músicas "populares" de variados "estilos" feitos para agradar a todo mundo, suas frases feitas para o vazio de quem não tem nada a dizer. Quando o verdadeiro Artista, ou a Arte não permitem direitos ao público. É imperioso ao artista que sua Arte viva. Ela
Existe e se manifesta, não para agradar , mas para nos fazer pensar, refletir, incomodar, desacomodar, abrir olhos para o mundo real. Não para alienar, não para o riso fácil. Para a Beleza da vida, do Divino, do Maravilhoso. Para romper a Morte, simbólica, diária e silenciosa do encanto de viver. Como disse Cazuzaessas sementes mal plantadas que já nascem com cara de abortadas para eles nossa piedade.

Zélia Cavalheiro.

::Escrito por Madame Bovary as 07:56
::1 Comentários


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