Madame Bovary

Sempre foi assim Um antigo encantamento pelas palavras, música e poesia...imagens QUE TRADUZEM O inconsciente. O amor é meu alimento,somente entendo a vida pelas vias da paixão, da delicadeza, da clara beleza. Pelos olhos femininos que me mostram o universo cheio de curvas paisagens distantes, muito mais no tempo que no espaço. O espaço é meu. E de todas as almas vermelhas.

sexta-feira, outubro 27, 2006


Singing in the Rain-Original

::Escrito por Madame Bovary as 07:49
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segunda-feira, outubro 23, 2006

"Os Parceiros" Quintana


Ultimamente minha cabeça está um mixórdia ( não, não sei que droga é mixórdia) ....pensamentos que não fazem sentido e sentimentos sem nehuma razão ou lineariedade.





Sonhar é acordar-se para dentro:
de súbito me vejo em pleno sonho
e no jogo em que todo me concentro
mais uma carta sobre a mesa ponho.
Mais outra!
É o jogo atroz do Tudo ou Nada!
E quase que escurece a chama triste...
E, a cada parada uma pancada,
o coração, exausto, ainda insiste.
Insiste em quê?Ganhar o quê? De quem?
O meu parceiro...
eu vejo que ele tem
um riso silencioso a desenhar-se
numa velha caveira carcomida.
Mas eu bem sei que a morte é seu disfarce...
Como também disfarce é a minha vida!

::Escrito por Madame Bovary as 07:25
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sábado, outubro 21, 2006

Calor


CALOR

Depois do temporal
sentar-se ao sol
aquecer o coração entrestecido
pelos ventos fortes que sopraram e rasgaram nossas bandeiras
banhar-se no calor aquecer a alma abatida
mas não entregue
não vencida
diluir a a mágoa
dividir um sorriso
e recomeçar...

ZÉLIA CAVALHEIRO

::Escrito por Madame Bovary as 17:31
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Sobre nada. Nada ver.


Acordei um tanto exausta. Acho que um resfriado me pegou. Detesto essa coisa sem sentido que é ficar doente, limitada, cansada e vazia de pensamentos bons. Como ter bons pensamentos com essa dor e zumbido na cabeça. Haja lenços! Penso que um abraço bem quentinho seria bem-vindo. Onde encontrar um abraço sem mais que o simples abraço? Sem lenço, sem documento e agora sem celular totalmente fora do mundo real. Tô ouvindo Vitor Ramil e a voz consoladora e macia me lembra o tempo de colher macela. Em determinado ponto da música ele pergunta : você está vendo bem agora??


Nada ver . Nada ver. Nada ver.
Não vejo nada.
Minha cabeça roda
meus olhos se negam a qualquer movimento.
"Nobreza dos amores confessados"
Memórias são mais que lembranças.


ZÉLIA CAVALHEIRO

::Escrito por Madame Bovary as 17:23
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Lua Adversa








Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...E,
quando chega esse dia,o outro desapareceu...

Cecília Meireles

::Escrito por Madame Bovary as 17:10
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domingo, outubro 15, 2006

Sonho: o olho por trás do olho


Resumo : sonhei estar numa casa sozinha, ao olhar para fora eu vi meu próprio olho me espiando. 13/10/06

O ambiente não era estranho, mas ao mesmo tempo conseguia se manter desconhecido. Objetos de saídos de outros (vários) lugares e instantes da minha tragetória. A nova arrumação causa angústia. Angústia maior causa o que está do lado de fora. O Desconhecido. Sei que lá, além da parede, terei que encarar o inesperado. Mesmo no ambiente incômodo me sinto mais perto do que sempre acreditei ser, ou fui. Olho, espio, espiono apenas. Não seria ahora de escancarar as janelas e as portas? O buraco por onde meu olhar escapa tem o tamanho exato do meu espiar, é o suficiente para saber que do outro lado estou eu. Com todos os meus poros. Lá estou eu. Como num espelho, o diferencial é que a imagem não repete os meus gestos, não vive meus desejos. É outra pessoa, outras vontades. Alguém que conheço de relance. Ficar aqui dentro é sufocante, claustrofóbico. Figuras incongruentes, o Eu de fora com o Eu de dentro. Sei que não encontrarei a mim mesma e por isso o pavor inicial.

ZÉLIA CAVALHEIRO

::Escrito por Madame Bovary as 18:24
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sábado, outubro 07, 2006

Não se enganem comigo!


Não se enganem comigo
eu vago sozinha
menina vagante
Não esperem que eu corresponda aos seus sonhos
Sou muito mais do que vocês possam imaginar
Tenho longas caminhadas que ,me marcaram as pernas
Por estradas que não se encontram em mapas
por campos onde o vento rasteiro fustiga a relva
e indica a direção...
Possuidora de
feridas que nunca vão cicatrizar
me vesti para a festa
Portanto
crianças não me contem suas dores
já não sou solidária com a humanidade
meu socialismo tem lugar para dois
Sou uma mulher com o Sul impresso na alma
o assovio do Minuano norteia minha história
mesmo aqui onde o inverno é apenas um
exercício da memória todas as manhãs acordo
com a geada na janela
Já não tenho muita gente
nunca fui uma moça de família
fui uma boa filha de minha mãe
portanto não esperem muito de mim
Ainda não sou completa
Me descontruo todos os dias
Penélope sem espera
sem o perdido herói
sem lágrimas
sem vinha sem uvas
ainda me resta a capacidade de amar
e muita amargura
quase toda saudade e um pouco de verdade
portanto, não esperem muito de mim
penso muito em viajar
círculos em círculos
tenho pouco tempo para tudo
eu gosto da solidão embora a tenha tão pouco
meus antigos amigos quase não vejo
gosto de música, poesia e cerveja

de dançar eu gostava
só peço que não esperem muito de mim
a lua cheia sacode o ombros da romântica que se esconde
do mundo dentro de mim
Deus é minha dúvida primordial
Minha fúria está quase domesticada
mantenho a porta da jaula aberta
portanto, não esperem muito de mim
não estou aqui para suprir necessidades
Espero por mim na próxima página de cada livro que leio
na dobra da esquina
e uma bola de gude vai rolando
pela Rua da Ladeira... Tudo isso é apenas brincadeira.
Portanto, não eperem nada de mim.


ZÉLIA CAVALHEIRO

::Escrito por Madame Bovary as 22:10
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