Madame Bovary

Sempre foi assim Um antigo encantamento pelas palavras, música e poesia...imagens QUE TRADUZEM O inconsciente. O amor é meu alimento,somente entendo a vida pelas vias da paixão, da delicadeza, da clara beleza. Pelos olhos femininos que me mostram o universo cheio de curvas paisagens distantes, muito mais no tempo que no espaço. O espaço é meu. E de todas as almas vermelhas.

sábado, setembro 30, 2006


Os dois sequer existiam antes de se conhecerem. Diante de uma vida cheia de dèjá vu poderiam pensar em novas escolhas. O quanto pode a Magia contra a Razão? Eles nada sabem além de si mesmos. A realidade bruta existe, lá para além dos seus olhos curiosos. São crianças que sorridentes imprimem o desenho dos sapatos nas areias dos caminhos. Para eles tudo é tão pouco e no entanto, não querem muito mais que um pouco de chuva e paz. Morder cerejas como quem crava os dentes na macia carne de suas bocas ávidas de incontáveis beijos. Pensam que tamanha fome de paz e distâncias pode mudar as leis do tempo. Agora que existem um para o outro já não podem deixar as escolhas do lado de fora. SÓ isto ou aquilo NÃO BASTA . Se o encantamento nasce da Magia ou da Razão para eles não faz diferença, extasiados que estão, diante das descobertas. Encontra-se vestidos, prontos para longa viagem envoltos em música e poesia. Os outros. Os outros não existem. Apenas névoas . Um dia também já forma névoa. Agora vivem no ritmo das pulsações e no sal do suor dos corpos que abrigam suas almas amorosas.

ZÉLIA CAVALHEIRO

::Escrito por Madame Bovary as 15:13
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sexta-feira, setembro 29, 2006

Jura Secreta


Jura secreta

(Sueli Costa e Abel Silva)

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei
Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
Do que por não saber ainda não quis
Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri

::Escrito por Madame Bovary as 08:07
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sábado, setembro 23, 2006

Verão


Verão


Os mamilos entesam a pele e os seios
levantam-se, sugerindo do fogo a vontade
do membro que também se ergue e busca
penetrar fundo o centro ígneo da Terra.
É Verão.
O húmus aguarda a calidez da noite,
quando a brisa sopra e arrefece o suor
dos corpos, e o sémen e o suspiro se esvaem
para deixar vir do sono a paz sempre fértil.

Manuel Rodrigues

::Escrito por Madame Bovary as 19:44
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quinta-feira, setembro 21, 2006

Roda viva Chico Buarque


Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá...

O que a gente faz com nossas vidas? Com o tempo que não viveremos mais?

::Escrito por Madame Bovary as 08:09
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domingo, setembro 17, 2006

A primavera ( nunca) chega em Brasília


Meu anjo
perdido de mim na cidade
na cidade que
em mim é
repartida em idas e vindas
na vida que me chega quando tu vens
e somente quando tu vens
tal uma semente
ao vento voando ventando pelas ruas
Do pensamento
espero a primavera na cidade
que se expõe mais bela nas noites
nas noites onde

não és mais um pensamento
mas carne sons pele braços e boca
e eu sou apenas eu.


ZÉLIA CAVALHEIRO

::Escrito por Madame Bovary as 12:05
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A primavera nunca chega em Brasília



Frisson
(Tunai e Sergio Natureza)

Meu coração pulou
Você chegou, me deixou assim
Com os pés fora do chão
Pensei: Que bom!
Parece, enfim, acordei
Pra renovar meu ser
Faltava mesmo chegar você
Assim, sem me avisar
Pra acelerar
Um coração que já bate pouco
De tanto procurar por outro
Anda cansado
Mas quando você está do lado
Fica louco de satisfação
Solidão nunca mais
Você caiu do céu
Um anjo lindo que apareceu
Com olhos de cristal
Me enfeitiçou
Eu nunca vi nada igual
De repente
Você surgiu na minha frente
Luz cintilante
Estrela em forma de gente
Invasora do planeta amor
Você me conquistou
Me olha, me toca
Me faz sentir
Que é hora, agora
Da gente ir

::Escrito por Madame Bovary as 11:28
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quando a chuva
de mansinho chega
no ínicio da tarde
o céu se fecha
carrega o mundo para longe
a realidade é mais uma fugitiva
e furtiva desaparece
por entre as gotas
da líquida cortina
protetora dos meus
anseios de amante
teu olhar me pertuba
um beijo me resgata

o meu universo contido
no sons da chuva
e as tuas mãos na minhas

ZÉLIA CAVALHEIRO

::Escrito por Madame Bovary as 11:16
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quinta-feira, setembro 07, 2006


Cesaria Evora - Sodade -2004

Cesaria Evora


Sodade

Quem mostra' bo
Ess caminho longe?
Quem mostra' bo
Ess caminho longe?
Ess caminho
Pa São Tomé

Sodade sodade
Sodade
Dess nha terra Sao Nicolau

Si bô 'screvê' me
'M ta 'screvê be
Si bô 'squecê me
'M ta 'squecê be
Até dia
Qui bô voltà

Sodade sodade
Sodade
Dess nha terra Sao Nicolau


::Escrito por Madame Bovary as 23:43
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Je

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